
um poema a digerir minhas entranhas
emoção ainda engasgada.
(pintura de Camille Pissaro, 1830-1903)
Sarah Amin nasceu velha e nas entrelinhas de sua poesia pensamentos de quem se acostumou a olhar o mundo com os olhos da alma. Cadeira de Balanço é a pausa que Sarah faz para pensar e falar da vida. A cada balançar, olhos atentos seguem o horizonte...
Minha Janaína, Rainha do mar!
Procuro na água salgada
– de cor prateada –
o encanto do teu olhar!
Senhora feiticeira,
Guardiã das ondas mansas,
permita-me que no teu seio
possa eu navegar...
Sou do teu ventre filha
seduzida por teus cabelos...
Brinca comigo, mãezinha!
Deixa-me neles mergulhar.
(pintura de Armand Point, 1861-1932)