sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mãe do Campo

(pintura de Diego Riviera, 1886-1957)


Espanta o cansaço,
colhe o milho dançador.
Espanta o cansaço
“debuia” feijão de corda.

Espanta o cansaço
assa mandioca,
faz a farinha.

sorri o menino, rodopia a moça
e parecem rasas as rugas daquele rosto cansado...

Mas, enxuga o suor
Esquece a dor do espinhaço
quentura do sol
e acorda a enxada.

Cuida da roça,
da terra árida
e espanta o cansaço.

que pra viver no sertão não se pode dar cabimento à fadiga.






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