sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Dia-a-dia, ponto a ponto
Toda delicadeza é embrutecida pelo cotidiano, pelos detalhes ásperos da convivência.
Mas é a aspereza sem cerimônias que nos ajuda a ter intimidade e confiança para peidar, gozar e sorrir acompanhada.
(pintura de Marc Chagall, 1887-1985)
domingo, 22 de novembro de 2009
Fartura
sábado, 21 de novembro de 2009
UM DIA
Na Esperança da Chuva
Estão secos os galhos
na terra rachada
que um sol escaldante observa.
São firmes as raízes
e teimoso é o córrego
que sonha em ser rio de novo.
E quando a chuva cair
– porque ela haverá de cair –
um sertão colorido vingará!
Galho seco fica verdinho
a terra em passarinho
e o córrego-menino é rio outra vez.
na terra rachada
que um sol escaldante observa.
São firmes as raízes
e teimoso é o córrego
que sonha em ser rio de novo.
E quando a chuva cair
– porque ela haverá de cair –
um sertão colorido vingará!
Galho seco fica verdinho
a terra em passarinho
e o córrego-menino é rio outra vez.
(pintura de Salvador Dali, 1904-1989)
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Mãe do Campo
(pintura de Diego Riviera, 1886-1957)
Espanta o cansaço,
colhe o milho dançador.
Espanta o cansaço
“debuia” feijão de corda.
Espanta o cansaço
assa mandioca,
faz a farinha.
sorri o menino, rodopia a moça
e parecem rasas as rugas daquele rosto cansado...
Mas, enxuga o suor
Esquece a dor do espinhaço
quentura do sol
e acorda a enxada.
Cuida da roça,
da terra árida
e espanta o cansaço.
que pra viver no sertão não se pode dar cabimento à fadiga.
Espanta o cansaço,
colhe o milho dançador.
Espanta o cansaço
“debuia” feijão de corda.
Espanta o cansaço
assa mandioca,
faz a farinha.
sorri o menino, rodopia a moça
e parecem rasas as rugas daquele rosto cansado...
Mas, enxuga o suor
Esquece a dor do espinhaço
quentura do sol
e acorda a enxada.
Cuida da roça,
da terra árida
e espanta o cansaço.
que pra viver no sertão não se pode dar cabimento à fadiga.
A menina com areia no cabelo
De ponta cabeça
- pretinhos olhos infantis -
o mundo mais perto da boca e do nariz!
E no lugar do pé,
o queixo marca a areia...
(pintura de Pierre Auguste Renoir, 1841-1919)
CONVITE
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Índia- Mãe
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Brasil de Muitos
Sou do Brasil de muitos.
Meu país é de Buarque, de Meireles, de Veríssimo, de Drummond.
Meu país é com patativas, colibris, beija-flor.
Meu país é das Marias, dos Joãos, das Raimundas e Antônios.
Meu país é poesia, ritmo, samba, chorinho e bossa-nova.
É país da enxada
suor no rosto
calos na mão.
Meu país é de sorrisos, de soluços,
de dunas e cachoeiras.
Meu país criança é da
experiência
sobrevivência
é fortaleza.
Já esse país de mensalões é de poucos...
E no jogo de cintura, eu vejo meu Brasil
no acordar cedo
da correria do trabalho,
no voltar cansado
suado.
no contar moedas para o pão e cafezinho
e nas noites insones sem dinheiro.
Vejo esse Brasil de muitos
na cachaça com limão,
no espetinho de gato
com cerveja gelada
e samba improvisado.
É na morena que rebola
no banho de mar com chuva
e principalmente no gingar.
(...)
Insisto
e vejo assim o meu país.
Senão, o desgosto é grande.
Recordações em tons verdes
Ela, o irmão e a prima. Esconde-esconde, pega-pega, lagarta pintada por entre o banco traseiro e o "motor". Era assim que o pai chamava aquele retangular espaço de courino preto, destinado às malas de viagem ou a crianças miúdas – que nem ela; que nem eles – enquanto adultos se apertavam no intervalo das portas. Brincadeira na hora do rush. Da escola para casa, o mundo girava apressado e o fusca verde carregava todo um universo dentro dele.
O mundo continua a girar. Agora, ainda mais apressado... Para onde foram os fuscas verdes?!
pintura de Henri Matisse (1869-1954)
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